Culpem os EUA<br>não a China

A culpa do co­lapso dos mer­cados mun­diais re­gis­tado re­cen­te­mente é da Re­serva Fe­deral dos EUA e não do Banco Cen­tral da China, como dizem al­guns eco­no­mistas, afirma o po­lí­tico re­pu­bli­cano Ron Paul na sua pá­gina na In­ternet (http://​www.ron­pau­lins­ti­tute.org).

Se­gundo o es­pe­ci­a­lista norte-ame­ri­cano, as «po­lí­ticas in­fla­ci­o­ná­rias da Re­serva Fe­deral dis­torcem a eco­nomia, levam a for­mação de “bo­lhas”, que por sua vez criam um mer­cado de va­lores em alta e a ilusão da pros­pe­ri­dade ge­ne­ra­li­zada», pelo que «ine­vi­ta­vel­mente a “bolha” re­benta, o mer­cado co­lapsa e a eco­nomia afunda-se numa re­cessão».

Ron Paul aponta também «fa­lhas do sis­tema mo­ne­tário dos EUA», dado este per­mitir ao banco cen­tral fixar as taxas de juros, o que é «uma re­ceita para o caos eco­nó­mico». Na sua opi­nião, «as taxas de juro são o preço do di­nheiro e, tal como todos os preços, devem ser fi­xadas pelo mer­cado e não pelo banco cen­tral e se­gu­ra­mente não pelo Con­gresso».

«Quando as “bo­lhas” re­bentam – ad­voga o po­lí­tico re­pu­bli­cano –, o Con­gresso e a Re­serva Fe­deral devem abster-se de tratar de “es­ti­mular” a eco­nomia», pois «para que a eco­nomia se re­cu­pere ple­na­mente devem per­mitir que a re­cessão siga o seu curso». Essas me­didas para es­ti­mular a eco­nomia, de­fende Ron Paul, podem ajudar a curto prazo, mas com o tempo «vão con­duzir a um co­lapso no valor do dólar e a uma crise mais se­vera do que a Grande De­pressão».

Iro­ni­ca­mente, re­fere, o facto de a China ser um grande com­prador de tí­tulos do Te­souro dos EUA tem aju­dado o país a adiar o dia do «ajuste de contas». Su­bli­nhando que o fi­nan­ci­a­mento da dí­vida norte-ame­ri­cana se deve ao es­ta­tuto do dólar como moeda de re­serva mun­dial, Ron Paul ad­verte que a po­lí­tica de Washington irá levar ao apa­re­ci­mento de outra moeda (ou mo­edas) para subs­ti­tuir o dólar como moeda de re­serva. «Se isso acon­tecer – diz – o dólar norte-ame­ri­cano vai en­frentar uma grande crise».

 



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